quinta-feira, 24 de julho de 2014

Amizade??..será??

Olá amigos(as), vim hoje lhes contar sobre algo que passei em minha adolescência que ficou muito marcado.
Bom, eu tinha uma colega de escola chamada Patricia que estava sempre comigo, fazíamos tudo junto. Era aquela amizade de unha e carne sabe, eu até ajudava ela com os seus rolinhos e tudo.
Até ai, vocês devem se perguntar, “e daí?!”...bom, achei que seria uma amizade para toda a vida, e aparentou ser enquanto me escondi atrás da Pryscila. Foi tudo lindo, havia parceria, companheirismo, e a amizade sincera; ou pelo menos eu achava que tinha.
Então um belo dia resolvi contar uma meia verdade sobre mim a todos, resolvi me assumir como “lésbica”, mas acho que deveria já ter dito quem realmente eu era, talvez eu sofresse menos.
Logo que me assumi, contei a todos os meus amigos inclusive a ela, e para a minha surpresa, ela me rejeitou. Simplesmente parou de falar comigo, me ignorava, me bloqueou das redes sociais e fiquei sabendo o porquê por outros amigos.
Achei extremamente desleal isso e sem caráter, mas não mandamos nos outros.
E assim terminou uma amizade de anos por simples preconceito.

Fica a história para vocês pensarem....

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Significado de ser Transexual - by Rodrigo

Segundo a wikipedia:
Transexualidade é a condição considerada pela OMS como um tipo de transtorno de identidade de gênero,1 mas pode ser considerada apenas um extremo do espectro de transtorno de identidade de gênero.2 Refere-se à condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada ao nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. Usualmente, os homens e as mulheres transexuais apresentam uma sensação de desconforto ou impropriedade de seu próprio sexo anatômico e desejam fazer uma transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo) com alguma ajuda médica (terapia de reatribuição de gênero) para seu corpo. A explicação estereotipada é de "uma mulher presa em um corpo masculino" ou vice-versa, ainda que muitos membros da comunidade transexual, assim como pessoas de fora da comunidade, rejeitem esta formulação.
Na França, deixou de ser considerada como transtorno mental em 2010 e foi o primeiro país a tomar esta decisão.3


Segundo o dicionário Aurélio:
Significado de Transexual
adj. e s.m. e s.f. Que ou quem apresenta transexualismo.

Significado de Transexualismo

s.m. Convicção de um indivíduo de pertencer ao outro sexo, o que o leva a tudo fazer para que sua anatomia e seu comportamento sejam os mais possíveis conformes à sua convicção.


Esses são dois significados em duas fontes dos muitos que podem ser encontrados em dicionários e enciclopédias digitais ou não.
Para mim a transexualidade é uma condição que trago desde que me entendo por gente e como já disse no post anterior comecei a notar esta diferença em mim por volta dos quatro anos de idade.
Bom como também já foi dito eu sou um homem, penso e temo decisões como tal, me sinto aprisionado em um corpo feminino e tento me adequar para que a sociedade me veja como eu realmente sou UM HOMEM.
Ao me olhar no espelho me sinto mal ao ver que eu estou no corpo errado como muitos na minha situação e odeio quando se referem a mim com artigos femininos afinal não me identifico desta maneira

Esses são alguns entre outros sentimentos, “TABUS”, sensações e muitas coisas que vamos conversando ao longo dos dias.

Um pouco do Rodrigo para vocês...

Olá pessoal, meu nome é Rodrigo Bosco (porém na minha documentação ainda consta meu nome de batismo Pryscila), tenho 28 anos, sou casado e tenho 4 cães. Contarei um pouco da minha história para vocês. Tudo começou quando tinha de 3 para 4 anos, quando eu comecei a ter reações diferentes das outras crianças, tinha uma preferência por coisas masculinas (brinquedos, roupas, amizades). Meu pai (que Deus o tenha), sempre foi meu ídolo, meu herói; eu sempre quis imita-lo, em roupas, jeito, mas havia muita repreensão por parte da minha mãe, que sempre me queria de sainha, roupinhas cor de rosa, lacinhos, cabelo comprido e afins. Mas meu pai sempre me “ajudou” neste ponto, com ele eu brincava de carrinho, jogava bola, brincava de carrinho de rolimã, jogava bola de gude, ele comprava roupas iguais as dele e foi ele quem me levou para cortar o cabelo pela primeira vez com o famoso corte “Joãozinho” como era dito na época.
Vocês nem imaginam como minha mãe ficou, quase teve um filho...rsrs…isso eu tinha uns 5 para 6 anos. E foi o período que comecei a notar algumas diferenças físicas entre mim e meu pai, e até mesmo com meus primos. Comecei a notar que não tinha algo muito importante para um homem e coloquei em minha cabeça infantil, que o membro ainda cresceria. Todo dia antes de dormir rezava para isso acontecer, mas adivinhem…não aconteceu…hunff.
 Aos 8 anos perdi meu grande herói, e ai começou a ficar mais difícil minha vida; pois havia o controle extremo por parte da minha mãe tentando me mudar. Sempre me vesti e me portei como homem. No entanto, por várias vezes em minha pré- adolescência, quando ia ao banheiro de algum lugar público, os seguranças vinham me abordar para saber o porquê eu estava entrando no banheiro das mulheres.
Sempre fiz muitos esportes, sempre me cuidei muito, no entanto em baladas e serviços sempre chamei muita atenção das mulheres e até de alguns homens (meio cegos...rsrs).
Porem minha vida foi sempre muito estressante por ter que me esconder dentro de um corpo que não é o meu, ter que me portar de acordo com esse corpo só para agradar a família, ter que me envolver com pessoas para que a sociedade não me julgasse, enfim, ser quem eu nunca fui e mesmo assim ter pessoas me cobrando para mudar. Isso é horrível!!!!!
Aos 18 anos, depois de passar por um problema sério financeiro e um termino muito complicado de relacionamento, decidi abrir o jogo para minha mãe. Mas como nem eu sabia ao certo como me definir, abri dizendo que era homossexual. Coisa que mais para frente, entendi que não sou, já que homossexual é uma opção sexual e transexual é de nascença (não se escolhe, já nasce assim).
Enfim, depois de aberto isso, ouvi coisas horríveis, mas guardei para mim e fui levando a minha vida, agora me adequando cada vez mais ao que sou, um homem. Porém ainda tinha uma resistência por parte da minha mãe e até algumas pessoas que me relacionei. Até que encontrei a pessoa com quem me casei e me aceita e entende o que sinto e passo todos os dias por estar preso neste corpo que desprezo. Porém, ela me acalma e me ajudou a dar entrada para que eu possa fazer a cirurgia de adequação de gênero e a mudar meu nome, mas isso contarei com calma para vocês conforme for acontecendo.

Espero que gostem e acompanhem a minha história de superação e realização, e façam dela a de vocês.